Hoje temos no Congresso 2 Projetos de Lei em tramitação para regulamentar a instrumentação cirúrgica, atividade esta que vem sendo exercida com zelo e responsabilidade pela categoria. Essa regulamentação é importante do ponto de vista trabalhista e previdenciário, bem como para garantir a manutenção da qualidade na prestação dos serviços e da formação conforme a categoria se expande. Tais projetos precisam de uma discussão ampla da categoria como um todo e não apenas de poucos grupos de interesse.
O que pouca gente sabe é que não existe apenas um tipo de instrumentador e uma única forma de exercer. Não se resume ao instrumentador “clássico” que trabalha para uma equipe cirúrgica ou para um hospital num determinado turno, nem apenas a cuidar do material ou passar os instrumentos no campo operatório.
Existe um universo de empresas que demandam a mão de obra da categoria para funções que não as mencionadas acima e que demandam o seu conhecimento e vivência em centro cirúrgico para tarefas variadas.
Podemos exemplificar com a atuação de instrumentadores na montagem, desmontagem e operação de equipamentos de suporte a procedimentos cirúrgicos, como motores com serras e perfuradores, geradores de RF, sistemas de vídeo (endoscopia, artroscopia), usados em ortopedia, coluna, bucomaxilofacial e outras áreas.
Ainda é possível citar o controle de utilização e instrução de utilização de materiais como enxertos e membranas que em sua variedade têm especificidades na aplicação, bem como muitos descartáveis como lâminas de serras, brocas, microdissectores, hemostáticos, colas biológicas e adesivos tópicos, entre outros produtos fornecidos por fabricantes e distribuidores de OPME’s e DMI’s.
Instrumentadores são atores chave nesse mercado e peça importante para o sucesso dos procedimentos cirúrgicos e merecem reconhecimento, valorização e tratamento adequado.
Artigo original, publicado em 10 de fevereiro de 2017, disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/instrumentador-como-coadjuvante-e-facilitador-nos-zanqueta-filho