O drone percorreu cinco quilômetros até o centro cirúrgico: tecnologia é considerada o primeiro passo para acelerar a entrega de órgãos
Após oito anos na fila de espera de órgãos, uma mulher de Maryland, nos Estados Unidos, recebeu um rim levado por um drone. O voo foi de curta distância (menos de cinco quilômetros), mas é um primeiro passo para acelerar a tarefa delicada de entregar órgãos doados.
O drone foi criado dentro da Universidade de Maryland e segundo o líder da equipe, Joseph R. Scalea, a tecnologia foi criada após uma frustração com os órgãos que demoravam demais para alcançar seus pacientes. Depois que os órgãos são removidos de um doador, eles se tornam menos saudáveis a cada segundo que passa.
Ele lembrou um caso em que um rim do Alabama demorou 29 horas para chegar ao hospital. “Se eu tivesse resolvido isso em nove horas, o paciente provavelmente teria outros vários anos de vida”, afirma Scalea para o New York Times. “Por que não podemos acertar isso?”. A falta de órgãos disponíveis para pacientes na fila de espera tem consequências letais, e a situação fica ainda pior considerando que os órgãos se tornam menos saudáveis durante o caminho.
O drone usado no teste deste mês tinha hélices e motores de reserva, baterias duplas e um sistema de recuperação de paraquedas, para evitar uma catástrofe caso um componente encontrasse um problema. Dois pilotos no solo o monitoraram usando uma rede sem fio e estavam preparados para cancelar o plano de voo automatizado em caso de emergência. O drone também tinha dispositivos embutidos para medir temperatura, pressão barométrica e vibrações, entre outros indicadores.
Scalea afirma que o transporte atual de órgãos é “cego de dados”, o que significa que os médicos geralmente não conseguem ver o progresso de um órgão em trânsito. Com o drone, é possível monitorar em tempo real. “É como um Uber para órgãos”, afirma. O próximo passo é fazer testes com trajetos mais longos (e com uma velocidade maior na hora do transporte).
Com 44 anos, a mulher que recebeu o rim, Trina Glispy, afirma que já estava perdendo as esperanças quando recebeu uma ligação no dia 18 de abril com a notícia de que ela era compatível com um doador. A cirurgia correu bem.
Assista como foi feito o transporte (em inglês).
Não há limites para a tecnologia e sobretudo para a criatividade humana não é mesmo ?
A ideia é fantástica e ficamos na torcida para que possa se desenvolver ainda mais para percorrer maiores distâncias com segurança na preservação do órgão !! Parabéns aos idealizadores da Universidade !!
Via Portal Galileu