Afasta com Farabeuf, por favor ?

LOUIS H. FARABEUF (1841-1910)

 

Esta é uma parte da história que alguns desconhecem de muitos dos nomes que estão relacionados com a Instrumentação Cirúrgica. Esta biografia foi pesquisada em maxilofacialsanvicente.obolog.com

Louis Hubert Farabeuf nasceu em 06 de maio de 1841 em um campo próximo de Basson Seine-et-Marne. Um estudante no Colégio de Provins, que demonstra um ótimo desempenho, tanto por seu talento acadêmico quanto pelas fortes amizades que travou ali.

Depois de sua formatura, chegou em Paris em 1859 para estudar medicina. A escolha da família, apesar do custo da educação, está relacionada tanto com seus gastos quanto com um louvável desejo de mobilidade e saúde já frágeis.

Externo e logo interno, os grandes nomes da medicina francesa – Charcot Vulpian Fouchet – Louis Farabeuf segue o plano de estudos dos estudantes de medicina da época turbulenta. Se formou cirurgião do Hospital, um título que recentemente alcançou em 1865. Completou sua formação com Gosselin en la Pitié-Salpetriere, y Richet. Mudou de hospital encontrando-se em Verneuil em 1867, com Lariboisière, um pioneiro no campo da assepsia na França. Ele preparou cirurgiões improvisados para as técnicas de amputação, infecção pós- operatória, e mais tarde fez uma orientação para o ensinamento de anatomia prática e obrigatória para estudantes de medicina.

Neste momento, a infecção – a gangrena hospitalar – era a primeira inimiga do cirurgião, a que mata um paciente operado em dois, e foi um dos precursores da higiene hospitalar.

Após abandonar a cirurgia, Farabeuf se dedicaria então à anatomia em até 1868. A guerra de 1870 o trouxe de volta a seu primeiro amor, a cirurgia, trabalhando com centenas de feridos de guerra. Esta seria sua última presença em tais situações de emergência no campo de batalha.

Professor titular em 1876 e em 1878 chefe de trabalhos anatômicos, Farabeuf confirma sua reputação mais tarde como professor emérito. Em 1877 foi eleito membro da Sociedade de Cirurgia, uma honraria rara a um anatomista puro.

Escreveu Manuel sur l’anatomie Topographique et Opératoire (1881) y Préceis de Manuel Opératoire (1889). Reorganizou a educação prática de anatomia e de cirurgia. Em 1878, o nomearam Mestre da educação anatômica e sua nova escola prática de anatomia se tornaria em um modelo para o futuro. Farabeuf propôs a educação anatômica da cirurgia com o cadáver e a dissecação obrigatória para cada estudante.

Muitos de seus alunos foram famosos, como Hartmann, Sebileau, Auguste Broca, Lejars, Lecene, Delbet, Duval, Schwartz, Couvelaire, Ternera, Gregory, Desmonts, Dujarier, Heitz-Boyer, entre outros.

Farabeuf experimenta neste momento a confecção e novo desenho de instrumentos cirúrgicos que levam seu nome. As classificações clínicas de deslocamento de polegar e de ombro estão marcadas na história.

Entre os elementos anatômicos descritos por ele em cabeça e pescoço temos:

O triângulo de Farabeuf: é o espaço triangular na porção superior do pescoço, compreendido entre a veia jugular internar, o tronco tirolinguofacial e o nervo hipoglosso maior.

O tronco venoso de Farabeuf: um ramo da veia jugular interna.

O tronco arterial de Farabeuf: o tronco tireocervical, um ramo da artéria subclavia direita.

Entre outros.

Apaixonado por obstetrícia – onde o sinal Farabeuf é uma marca famosa no comprometimento fetal – em 1886, escreveu a “Introdução à prática da anatomia dos nascimentos”, bíblia dos obstetras por muitos anos.

Mas este mestre da anatomia é também temperamental, inclusive apaixonado, em suas relações com seus alunos. Suspendeu dois alunos; um por ter que ler uma lâmina histológica sem um microscópio, e claro não se atreveria, e o outro depois de usar vocabulário considerado gíria para a época. Mas o castigo não demorou a vir: Louis Farabeuf é suspenso de seu cargo em 1902, em um clima de tensões pessoais com o ministro, um amigo próximo de seu sucessor.

Em sua retirada forçada Farabeuf estuda os vasos dos órgãos genito-urinários. Introduziu em 1905, este trabalho que seria seu último. Farabeuf morreu em 1910 devido a uma obstrução íleo-biliar.

Farabeuf impôs seu método e por ser mestre dos cirurgiões mais famosos do início do século XX, sua estátua domina a parte central da Escola de Medicina de Paris e o principal anfiteatro de anatomia de Paris também leva seu nome.

 

Traduzido do espanhol.

Via Portal Revista Avances – Revista Colombiana especializada em instrumentação cirúrgica.

**Nota Instrumentadoras de Plantão: as estruturas anatômicas aqui citadas, possuem a nomenclatura atribuída à época. Atualmente algumas estruturas tiveram sua nomenclatura oficial atualizada.

 

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