A história da CME – Central de Esterilização de Materiais, está ligada ao desenvolvimento das cirurgias ao longo do tempo.
Os primeiros a fazerem cirurgia, eram os “cirurgiões barbeiros” e os curandeiros.
Com as grandes guerras, os médicos se viam nos campos de batalha, com um número muito grande e crescente de soldados que precisavam de amputações e contenções de hemorragias para garantir suas vidas. Então era preciso criar instrumentais que ajudassem na execuções dos procedimentos.
Assim, foram criados diversos tipos de instrumentais que eram utilizados em diversas cirurgias, entretanto, não recebiam um tratamento adequado quanto a sua limpeza, pois naquela época não se obtinha uma tecnologia adequada, e com isso os índices de infecções eram altíssimos, sendo então urgente criar um local próprio para processar e preparar os instrumentais utilizados nas cirurgias.
Essa preocupação surgiu em meados do século XIX, chamada Era Bacteriológica. Joseph Lister conseguiu, no tratamento dos fios de sutura e compressas usados nos pacientes com solução de fenol, diminuir a mortalidade pós-cirúrgica, foi assim que se impulsionou a evolução das técnicas de esterilização dos instrumentais.
Surgiu então a necessidade de se instalar nos hospitais locais apropriados para esse tratamento. As primeiras CME’s eram bem simples. E nas décadas de 60 e 70, mudanças importantes aconteceram na organização das CME’s, nos métodos de esterilização e seu gerenciamento.
No começo as CME’s não tinham funcionamento centralizado, os materiais eram preparados nas próprias unidades de internação, ou seja muitas CME’s e CC funcionavam no mesmo local. Com o aumento da tecnologia e dos materiais, foi se criando novas formas de prepará-las e processá-los, mais modernas, exigindo assim que os profissionais de enfermagem tivessem que se especializar para atender esse trabalho.