Procedimento cirúrgico foi minuciosamente planejado, informou Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto (SP). Irmãs passaram pela segunda de quatro intervenções previstas até o fim do ano.
Procedimento realizado no sábado, 19 de maio de 2018 e mobilizou 25 profissionais médicos.
A segunda fase de separação das gêmeas siamesas unidas pela cabeça foi concluída após oito horas de cirurgia, no último dia 19, no Hospital das Clínicas (HC) em Ribeirão Preto (SP). Não foram divulgadas imagens do procedimento.
Segundo informações da assessoria de imprensa do hospital, as gêmeas já estão acordadas, respondendo bem, e seguem para cuidados na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Ainda estão previstas mais duas etapas para separação total das meninas.
O HC informou que o procedimento cirúrgico terminou por volta das 16h e foi minuciosamente planejado pela equipe médica.
As irmãs siamesas Maria Ysabelle e Maria Ysadora, de 1 ano e 7 meses, são acompanhadas pelo chefe do Departamento de Neurocirurgia Pediátrica do HC, Hélio Machado, e por uma equipe de 25 profissionais, entre eles o neurocirurgião norte-americano James Goodrich, referência no assunto no mundo.
O procedimento de desligamento de vasos sanguíneos no crânio é um dos quatro programados até o fim do ano.
A família ficará hospedada em Ribeirão Preto até o fim do tratamento, uma vez que as viagens de ida e volta demandam uma logística elaborada.
A primeira cirurgia foi realizada em 17 de fevereiro e durou sete horas. A separação total somente deve acontecer em novembro, na última intervenção médica.
Entenda o caso
As meninas, naturais de Patacas, distrito de Aquiraz, a 35 km da capital Fortaleza (CE), são acompanhadas há mais de um ano no interior de São Paulo por cerca de 30 profissionais, envolvendo neurocirurgiões, neurologistas, anestesistas, cirurgiões plásticos, intensivistas e enfermeiros.
O neurocirurgião Eduardo Jucá, responsável pelo acompanhamento das irmãs no Ceará foi quem as encaminhou ao hospital em São Paulo. Jucá foi aluno da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto e especializou-se em neurocirurgia pediátrica.
Ele tomou conhecimento do caso das irmãs pouco tempo após o nascimento delas, quando as duas foram encaminhadas ao hospital onde ele atua como coordenador. Devido à complexidade, entrou em contato com a equipe do HC para articular as avaliações.
Para viabilizar as cirurgias, exames complexos de ressonância magnética feitos no HC foram enviados à equipe do neurocirurgião James Goodrich, no Montefiore Medical Center, em Nova York. Eles propiciaram a criação dos moldes tridimensionais que auxiliam a equipe na cirurgia.
Goodrich dedicou a carreira a casos complexos como este e já realizou 20 cirurgias de sucesso pelo mundo.
Ao todo, devem ser realizadas quatro cirurgias para ser feita a separação total dos crânios. O último procedimento está previsto para ser realizado em novembro.
É o pessoal do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (USP) fazendo bonito !! Parabéns à toda a equipe envolvida neste processo e continuamos na torcida pela meninas !!!
Via Portal G1 Ribeirão Preto