O que é? O que esperar? E o que esperam de você?

A instrumentação cirúrgica é uma profissão de nível técnico, no Brasil, em que o profissional tem a função de ajudar o cirurgião no ato cirúrgico, que abrange desde a preparação dos instrumentos até a esterilização dos mesmos, após a cirurgia.

A instrumentação cirúrgica nasceu no século XX no período de maior crescimento nas cirurgias e com isso, o papel do instrumentador cirúrgico também ganhou destaque.

Devido a esse crescimento tornou-se necessário qualificar mais profissionais para trabalhar nessa área tão importante para a medicina. Surgiram então, as primeiras escolas formadoras de instrumentadores cirúrgicos.

Na França em 1954, surgiram as escolas de Técnicos em instrumental cirúrgicos. A finalidade dessas escolas era preparar os profissionais para atuar na instrumentação cirúrgica de forma que entendessem a evolução cirúrgica, isto é, tempos cirúrgicos, materiais para cada especialidade entre outras atividades cirúrgicas.

Toda pessoa que decide realizar um curso de instrumentação cirúrgica deve conhecer a história referente à Batalha de Solferino, na qual podemos destacar Jean Henri Dunant, que auxiliava os cirurgiões repassando os instrumentais e materiais cirúrgicos necessários para o ato cirúrgico.

Portanto, dentre as inerentes funções, a maior responsabilidade do instrumentador cirúrgico é o cuidado com os instrumentos cirúrgicos. Esse cuidado envolve toda a manutenção destes instrumentais, e o seu processamento adequado.

Já, o objetivo maior, assim como de toda a equipe cirúrgica, é a qualidade e segurança do procedimento cirúrgico, atendendo ao cliente com maior eficácia e eficiência.

Atualmente, muitos profissionais de enfermagem acabam optando pela instrumentação cirúrgica, mas vale lembrar que o curso específico é muito importante para que este profissional possa participar de concursos públicos.

A instrumentação cirúrgica a cada dia que passa, vem recebendo da direção das instituições hospitalares, das clínicas e principalmente das equipes cirúrgicas uma grande valorização.

Esse reconhecimento exige uma maior qualificação dos instrumentadores cirúrgicos e consequentemente, as instituições formadoras destes profissionais devem estar atentas a essa nova exigência do mercado.

As pessoas que optam por essa atividade devem estar preparadas para proporcionar ao paciente e a sua equipe cirúrgica a segurança e tranquilidade, pois trabalham no centro cirúrgico e cuidam dos instrumentais que serão utilizados nas cirurgias.

O Instrumentador Cirúrgico é responsável por todo o instrumental utilizado antes, durante e após a cirurgia, ou seja, por todo o seu processamento, exceto os instrumentais básicos cuja responsabilidade é da central que esteriliza os materiais da instituição hospitalar (CME).

Com a evolução das intervenções cirúrgicas, exige-se conhecimento de aparelhos e instrumentos modernos, técnicas usualmente empregadas em atos operatórios, noções de anatomia, assepsia, biossegurança, células e tecidos, ética profissional, fisiologia, higiene e microbiologia.

O instrumentador cirúrgico é um profissional indispensável para que o ato operatório transcorra com segurança e qualidade.

Todo instrumentador cirúrgico deve conhecer a técnica empregada no ato operatório e estar atento à manutenção da assepsia de toda a equipe cirúrgica, colaborando para a qualidade do procedimento cirúrgico.

Podemos ainda citar outras funções básicas do instrumentador cirúrgico:

  • Conhecer os instrumentais por seus nomes, apelidos e gestos;
  • Entregar o instrumento com presteza ao sinal ou pedido verbal do cirurgião, colocando-o em sua mão de forma precisa e exata para uso imediato;
  • Não se distrair no decorrer da cirurgia, pois a antecipação às requisições do cirurgião depende da atenção do instrumentador;
  • Sempre antes da cirurgia é preciso certificar-se que tudo está em ordem, desde os fios e agulhas, até os instrumentos especiais.

O instrumentador cirúrgico é o braço direito do cirurgião, portanto, deve saber com antecedência dos procedimentos cirúrgicos agendados, para que possa prever os materiais necessários para as cirurgias.

As demais funções do instrumentador são:
Chegar ao centro cirúrgico e logo vestir o uniforme privativo, não se esquecendo do gorro para proteger os cabelos, máscaras para cobrir o nariz e a boca, e por fim, a proteção para os pés;

Verificar com o enfermeiro responsável do centro cirúrgico a confirmação da internação do paciente, os exames pré-operatórios e a sala disponibilizada para o procedimento;

Escolher o material específico para a cirurgia e verificar se está em ordem;

Se não estiver familiarizado com o cirurgião, perguntar antecipadamente os fios que serão utilizados durante a cirurgia;

Usar técnica de escovação correta, vestir avental esterilizado e calçar as luvas;

Dispor na mesa o campo cirúrgico duplo, próprio para a mesa de instrumentador;

Dispor o material da cirurgia na mesa, evitando contaminar o mesmo, verificando sempre se nenhum material importante está faltando;

Evitar qualquer tipo de contaminação, conservando as mãos acima da cintura, não podendo encostar estas em qualquer lugar que não esteja esterilizado;

Tomar o cuidado para não encostar com a parte não estéril do avental nas mesas auxiliares e de instrumentais, na falta de avental com opa utilizado na proteção das costas;

Auxiliar na colocação dos campos que delimitam a área operatória, entregando-os ao assistente e ao cirurgião;

Passar os instrumentos, sempre tendo cuidado que seja do lado correto, para evitar quedas, e que o cirurgião tenha que corrigir o seu posicionamento antes de usar, evitando um acidente;

Conservar o campo operatório sempre limpo e em ordem para evitar transtornos;

Conservar os instrumentos sempre no lugar próprio, nunca deixar a mesa desorganizada;

No caso de cirurgias em que são retirados materiais para exame, é necessário se responsabilizar por elas até que sejam encaminhadas ao setor competente;

Ter o controle do material e instrumental durante toda a cirurgia, prestando atenção em toda e qualquer manobra do cirurgião;

Contar compressas grandes, pequenas e gazes antes e ao término de cada procedimento cirúrgico;

Evitar o desperdício de fios, porém ter sempre o necessário para não ocorrer complicações durante o ato cirúrgico;

Ser consciencioso e lembrar que a vida do paciente depende da assepsia do instrumental, além da habilidade do cirurgião;

Ao final da cirurgia realizar o curativo na incisão cirúrgica;

Separar o instrumental dos materiais perfurantes e cortantes, evitando dessa forma acidentes;

Antecipar os pedidos do cirurgião, de modo a prevenir o atraso no tempo operatório. Isto se consegue conhecendo instrumental, o tempo cirúrgico e, prestando atenção ao desenrolar da cirurgia, a fim de estar sempre um passo à frente do cirurgião;

Atenção, iniciativa e rapidez durante todo o tempo.

 Instrumentadoras de Plantão

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