Médicos participam de maratona de cirurgias feitas por robôs em tratamento contra o câncer
Evento de robótica começou em 16 de abril e ocorreu no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba.
Médicos de todo o país participaram de uma maratona de cirurgias feitas por robôs no tratamento contra o câncer. O evento de robótica ocorreu no Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba.
Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) foram operados, e todo o procedimento foi acompanhado pelos profissionais ao vivo. A maratona começou no dia 16 de abril e teve três dias de duração.
As câmeras instaladas no centro cirúrgico transmitiramm o que estava sendo feito para um auditório, onde estava uma turma de médicos. Os profissionais acompanharam a cirurgia em tempo real.
‘Controle de videogame’
No comando de tudo, como se estivesse com um controle de videogame, estava um cirurgião. Durante os três dias, foram feitas seis cirurgias em pacientes com câncer. Na segunda-feira, um paciente de 83 anos foi operado de um tumor no rim.
Dois especialistas, da Alemanha e da Espanha, estavam em Curitiba para ajudar na maratona. Eles também fizeram cirurgias durante o evento.
“A intenção é que se faça um contato inicial entre aqueles que ainda não praticam a robótica de maneira segura e gente que tem muita experiência”, explicou o médico cirurgião Flávio Tomasichi.
A cirurgia com o robô começou a ser feita, no Hospital Erasto Gaertner no ano passado. Desde então, foram operados 53 pacientes.
Esta técnica tem algumas vantagens, como risco menor e recuperação mais rápida, porque o robô consegue fazer cortes menores, mais precisos e menos invasivos.
Este é um exemplo do que aconteceu com o paciente Carlos Figura. Ele foi operado de um câncer de próstata durante a maratona. “Falaram para fazer a cirurgia e que, em uns quatro ou cinco dias, estaria em casa”, relatou.
Médicos de todo o país
Esta tecnologia existe em seis estados do Brasil. Ao todo, são 40 robôs no país, mas poucos oferecem o serviço pelo SUS. Médicos de todo o Brasil participaram da maratona, na capital paranaense.
“Nós viemos no sentido de buscar uma certificação da nossa universidade. Curitiba é um centro avançado de cirurgia oncológica e robótica e que vem com uma proposta de ensino para todo o país”, disse o médico e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Leonardo Emílio da Silva.
O paciente Hemerson Francisconi foi operado, com a ajuda da robótica, na terça-feira dia 17. Ele afirmou que estava confiante e tranquilo. “A recuperação é bastante rápida e bastante objetiva, com poucas sequelas. Estou ansioso, esperando o melhor”, afirmou.
Via Portal G1 Paraná –